
História

A história nos conta que o martelo já era conhecido milhares de anos antes da invenção do prego, o homem conhece o martelo desde a Idade da Pedra (talvez há 1.000.000 de anos), mas só bem mais tarde começou a perceber que faltava algo mais (os pregos). Os sumérios foram os primeiros a criar pregos rudimentares de ferro e bronze, por volta de 3300 a.C. Antes, o ser homem se virava com estacas, ou então com tiras de couro para juntar um material a outro. Cerca de 1.000 anos depois dos sumérios, os hindus adotaram o prego. Mas só com os romanos o prego virou um artefato documentado da história. Ele teve destaque no clássico A Guerra dos Judeus, do historiador Flávio Josefo, do século 1. Narrando a queda de Jerusalém (em 70 d.C.), Josefo diz que os soldados romanos, cheios de ira, “pregavam os revoltados judeus nas cruzes em diversas posições, rindo-se deles”. Existe até hoje um debate entre os cientistas se vem daí a ideia de que Jesus foi pregado à cruz, e não amarrado nela, “mas isso se trata de outra história”. Os pregos também foram utilizados para diversas finalidades em Roma. Tachas já eram conhecidas pelo menos um século antes da Era Cristã, para a fabricação de botas e sandálias. Pregos eram usados na construção de casas, barris e caixões. Segundo uma crença romana, descrita pelo historiador Plínio, o Velho, no século 1, um caixão bem pregado era garantia de que a pessoa morta não seria visitada por maus espíritos. O prego de ferro, porém, acabou tendo uma introdução tardia para ser utilizado usado em larga escala, pois o metal, pouco abundante, era direcionado para a fabricação de equipamentos bélicos. Até o século 17, a construção de casas era realizada com madeira chanfrada, para facilitar o encaixe, e desta forma não necessitaria de um sistema de fixação “pregos”, poupando o uso do “caro” prego, era tida como um segredo industrial, passado de pai para filho entre os artesãos. A máquina de fabricar pregos em série se deu no fim do século 18, barateando os mesmos e tornando mais rápida a construção de casas, castelos e navios. O estilo rebuscado vitoriano (comum na costa leste dos Estados Unidos), do início da década de 1900, só se tornou possível quando da utilização em massa dos pregos de ferro. Para construir uma mansão vitoriana, eram necessários em média 15.000 pregos.
Construção
O prego se trata de uma haste de metal, com uma das pontas afiada e com outra achatada (cabeça). É normalmente utilizado para unir objetos, sendo preferencialmente usado em madeira. Existem pregos para aplicações especiais, principalmente para utilização em locais próximos as praias e construção naval, em cobre, latão, alumínio, inox ou outro material sintético. O prego apresenta enorme eficiência por possuir uma boa distribuição de pressão: a força exercida pelo impacto de um martelo sobre a cabeça do mesmo é distribuída por uma área muito maior que a da outra extremidade do objeto, aplicando-se assim uma pressão relativamente maior sobre a superfície a ser perfurada que a pressão recebida do martelo. Para conseguirmos tornar uma haste de metal em um prego, o mesmo precisa passar por um processo bem criterioso de fabricação, que começa pela trefilação do arame de aço. É um processo industrial que acarreta na redução da seção transversal (largura) e respectivo aumento no comprimento do material. Por fim, uma máquina com movimento mecânico efetua a formação da ponta e da cabeça simultaneamente, dando forma final ao produto que, depois de polido, pode ser embalado. Existem diversos modelos, como os pregos polidos, coil (eletro soldados), espirais (ardox), anelado, prego telheiro, entre outros. Eles podem ser fixados, dependendo da aplicação, com martelos simples ou com pregador pneumático, até o final deste material teremos imagens, aplicações e benefícios de cada modelo. Os pregos exercem pressão lateral com afastamento das estruturas (local aonde é inserido), por isso é bastante eficaz em termos de aderência. Porém, em certos tipos de materiais, com menor elasticidade, o efeito colateral dessa pressão pode ser o descolamento parcial da estrutura. É o caso de rebocos de parede ou azulejos. Por isso, escolher o tipo certo de fixador, bem como as ferramentas a serem usadas, é fundamental para a qualidade do trabalho. Os pregos são fabricados em aço carbono com composição química específica, para que não entortarem durante o uso. Tem as dimensões controladas, garantindo produtividade na sua aplicação.

Características e Dimensões


Figura 1
Nos pregos polidos soltos para trabalhar com martelo a medida mais utilizadas até o momento é o formato JP x LPP, ou seja, Jauge de Paris x Linha de Polegadas Portuguesas. Jauge de Paris 1857 (JP), é um sistema para medir a espessura de chapas e hastes de ferro (diâmetro) de origem francesa, que foi usado entre os séculos 19 e 20 e que continua em uso. A medição é realizada por meio de um instrumento de aço e com entalhes calibrados. Para se conseguir determinar o diâmetro do prego, o mesmo deve-se se acomodar em um dos entalhes (figura 1), como pode ser verificado cada entalhe possui um número com sequencial de 1 a 36. Cada número em questão, corresponde a um valor em milímetros, obtido através da tabela de equivalência (figura 2). O comprimento é dado por Linhas de Polegadas Portuguesas (LPP) que equivale a 2,3 mm. Então temos o JP que nos dá o diâmetro do prego e o LPP que nos fornece o comprimento do mesmo. Para obtermos o tamanho do prego, multiplicamos o segundo número do código (LPP) do prego por 2,30 mm e teremos o comprimento em milímetros.
Segue abaixo exemplo de conversão de JP x LPP em milímetros: Prego 15 x 15, temos o 1º. número 15 (2,40 mm) tabela da figura 1. 2º. número 15 (34,5 mm), de acordo com a figura 2 que multiplicado por 2,33 mm nos fornece o tamanho do prego. Temos então o prego 15 x 15, equivale Ø 2,40 mm x 34,5 mm comprimento.
